Diligere

Aquele sufoco
Aquela falta de ar
Aquele frio que desce

Aquilo que não para de pulsar

Aquele suor
Aquele tremor
Aquele bambear

Aquilo tudo que acontece
Quando não há o que pensar

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Hominum

Eis que o homem nasce
E chora
E cega
E mama e cresce
Caminha e cai
Levanta e corre
E torna a cair
E cresce um pouco mais
Morde com olhos, sente com os dentes
E vê no outro, o que o outro viu antes
E corre mais do que pode
Ate cansar, e corre um pouco mais
E por vezes se alegra, outras nem tanto
E ele para, pensa, mas só um pouco
E agora caminha
E vai por partes altas e baixas
Outras bem planas e plenas
E resolve mudar.
E torna a correr
Corre na direção que acha que deve
E cresce no caminho

e
tudo
para.

Outro caminho podia ter sido, ele se pergunta ? Talvez, responde.

E agora ele caminha pensativo.

Onde vai dar esse caminho ?

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Desiderium

Preciso de algo que de súbito susto me tome o ar
Me faça, de tempos em tempos, parar para pensar
E que tão logo cedo for, me deixe leve respirar

E quando todo ar lhe distrair
Que o faça breve, sem avisar
Pois lhe segurar não posso
Nem quero

 

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Transierunt

Já teve um tempo que passava tudo devagar, feito slow motion, e teve tempo que passou tanto que pareceu não passar. Dai o tempo voltou.

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Fuge

Sabe sentir os músculos da perna
Todos eles ?
Se contraindo
Como é o nome daquele maior ? Quadriceps
Sentir ele pela perna
Puxando os outros
A panturrilha
Alongando o pé
É bom, é muito bom
Esforçar até cansar
E continuar pedalando pra descansar
Dar aquele sprint
E passar por todo mundo
Causando vento na passagem
Se esgueirar
Se inclinar
Baixar a cabeça
Sentir o vento
Zunindo pelo ouvido
Enquanto as maquinas nas pernas bombeiam mais velocidade
Segurar firme no guidão
Tão firme
Que você não sente a força
Sentir as rodas
Tocando o chão
Sobrevoando pequenos buracos
E quando você vê aquele maior
Você pula
Com tudo
Você e a bike
No ar
Naquele miléssimo de segundo
Quando nada lhe impede
Isso
Isso é bom
É a melhor parte
É realmente indescritível

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Amare

Quero algo que me, parar, respirar faça
Meu, transpirar, corpo
Olhos, entontecer…

Algo, breve, que, tremer, minhas mãos faça
Quero aquilo, aquela…

Palpite, cardio, rápido
Girar, tudo!

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Videre

O prever, pre-ver, ver primário, ante-ver, não é nada mais que imaginar.

Imaginário este, que baseado em fatos,

fatos se tornarão,

e só então entoaremos tons tenuosos, como:

~eu sabia~.

Saber, porém, experiência convém,

pois,

todo imaginado ora antes, houve de ser visto, ou vislumbrado,

consegue percever ?

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Iratus

Não! Não lhe direi, nao insista… não faça com este pesar.

O temor, aquele, aquele temor, não vale a pena, não tanto assim, não com esta consequência.

Você vê agora, vê aquilo que vi, e vejo.

Então, porque brava me repreende ?

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